segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Exercício físico pode ajudar na recuperação de doenças do coração


Quando se fala em doença o que vem à cabeça é ficar descansando na cama, mas existem casos onde se deve fazer exatamente o oposto. A ciência mostra cada vez mais que fazer exercícios físicos durante a recuperação de alguma doença pode ajudar no processo de cura do corpo.


Quando se fala em doença o que vem à cabeça é ficar descansando na cama, mas existem casos onde se deve fazer exatamente o oposto. A ciência mostra cada vez mais que fazer exercícios físicos durante a recuperação de alguma doença pode ajudar no processo de cura do corpo. Quem sofreu um infarto, por exemplo, podem ser aconselhadas a praticar algum tipo de atividade física.

Há alguns anos pessoas que enfartavam eram obrigadas a descansar por longos períodos de tempo, porém uma pesquisa realizada pela Universidade de Alberta, no Canadá, diz que pacientes em recuperação que fizeram exercícios físicos uma semana após a parada cardíaca tiveram uma melhor recuperação do que as pessoas que esperavam deitadas até o inicio do tratamento.

"Diferentemente do que se imaginava, várias pesquisas mostram que repousar durante esse intervalo deixa o organismo mais fraco, e não mais forte", afirma o professor Alex Clark, um dos pesquisadores canadenses. O exercício previne a remodelação do coração, fenômeno em que as células que ficam próximas ao local do infarto se readaptam e o órgão tem o seu formato alterado o que pode gerar complicações futuras.

Pesquisadores americanos da Universidade de Emory dão mais um motivo para a prática de exercícios depois de um infarto: Durante o treino, nosso organismo produz óxido nítrico, que é encarregado de dilatar os vasos sanguíneos, melhorando a circulação. "Ao aumentar a produção dessa substância, mais sangue passa pelas coronárias", explica a cardiologista Patrícia Oliveira, do Instituto do Coração de São Paulo.

Os exercícios mais recomendados são: caminhar, correr ou andar de bicicleta. Exercícios aeróbicos que possuem a vantagem de aumentar nossa capacidade respiratória. O segundo passo é passar para a musculação e atividades de flexibilidade, pois são atividades que trabalham a musculatura, equilíbrio, coordenação e desempenho das ações.

Lembrando que esses exercícios devem ser feitos com acompanhamento médico e profissional. Converse com seu médico, ele irá orientá-lo sobre quais exercícios e com que intensidade praticar. "A prescrição do exercício deve ser individualizada e, nos primeiros dias após o infarto, ser feita com supervisão médica e dentro de um hospital", adverte Patrícia Oliveira.

"A pessoa que está estável já pode se exercitar e ter os benefícios a curto ou médio prazo", diz o cardiologista Daniel Kopiler, chefe do Serviço de Reabilitação Cardíaca do Instituto Nacional de Cardiologia.

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