Uma pesquisa recente mostrou que nosso estado emocional tem influência e pode contagiar as pessoas que estão próximas. Segundo o estudo, pessoas praticantes de atividades físicas que se aproximam de nós tendem a espantar o nosso sedentarismo, por exemplo.
Funciona como a “teoria dos seis graus de separação” onde nós estamos ligados ao resto do mundo por seis pessoas. Segundo essa tese, todos os seres humanos do planeta podem apertar as mãos. Na matemática essa teoria é chamada de “pequenos mundos”, já na saúde pesquisadores estão descobrindo que essa mesma rede de amizades funciona como um poderoso canal de contágio de bom humor, bem-estar e até felicidade.
A pesquisa conta que assim como vírus e bactérias, a saúde pode ser transmitida através dos nossos laços afetivos. Por exemplo, uma pessoa que deixa claro para todos que pretende deixar de fumar pode influenciar outros fumantes do grupo a fazer o mesmo.
O estudo publicado pela Harvard Medical School, nos Estados Unidos, mostrou que pessoas com um círculo de amizade feliz tornam-se mais satisfeitas com a vida. Se um grande amigo seu ficar contente, a probabilidade de você começar a rir à toa só por conviver com ele é de 60%.
Por que esses hábitos se tornam contagiosos? “Os animais sociais, como é o caso do homem, nascem com a capacidade de imitar seus pares mesmo sem ter consciência disso. É o "efeito camaleão” explica em entrevista ao portal Saúde, da Editora Abril, a neurocientista Eliane Volchan, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
“Fazendo isso, o indivíduo consegue incluir-se no grupo e obter a necessária proteção para sua sobrevivência”. Seria uma imitação involuntária, o mesmo efeito que acontece quando bocejamos.
Ainda segundo os pesquisadores, existem 3 graus de contágio social. O amigo do vizinho de porta do seu melhor amigo tem influência sobre sua felicidade. A neurocientista Eliane Volchan complementa: “Temos evidências de que a amizade acelera o tempo de cicatrização de uma lesão e também ajuda a reduzir o estresse”.
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