terça-feira, 19 de julho de 2011

Olhos e pele são os mais afetados pelo sol

Sol, mar, piscina e muita diversão. É quase impossível não associar essas palavras ao período de férias escolares. Com tempo livre de sobra, a garotada aproveita para se divertir nas barracas de praia e parques da cidade, mas é preciso estar atento a alguns cuidados com o corpo para que a temporada de lazer seja aproveitada com segurança e qualidade.

Márcio Sturdart, médico titular do setor de tumores cutâneos e ósseos e sarcomas do Instituto do Câncer do Ceará (ICC), explica que a forte incidência dos raios solares pode causar sérios danos à saúde. Conforme o oncologista, a pele e os olhos são os primeiros órgãos a sentirem os efeitos da exposição ao sol.

Queimaduras, manchas, rugas e insolação são alguns dos problemas de saúde causados pelo sol na época das férias. O câncer de pele está entre os mais graves deles. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, neste ano, no Ceará, devem surgir 110 novos casos da doença. Destes, 50 em homens e 30 em mulheres. Na Capital cearense, são esperadas 50 novas ocorrências.

De acordo com o médico Márcio Sturdart, o câncer de pele é mais frequente em pessoas com idade a partir de 50 anos, em decorrência da exposição ao sol ao longo dos anos. Por isso os cuidados com a pele devem começar na infância.
“Evitar ficar exposto ao sol entre 10h e 15h, usar protetor solar e repor o produto sempre que suar ou tomar banho de mar ou piscina são algumas das medidas que podem prevenir doenças na pele. O protetor deve ser usado também por quem fica embaixo da barraca, pois os raios solares refletem do mesmo jeito”, alerta o médico.

Proteção

O especialista chama atenção ainda para que as pessoas, mesmo com o protetor solar, evitem passar muito tempo expostas ao sol. “Usando protetor, as pessoas têm a falsa ideia de estarem 100% protegidas e acabam se expondo mais. Alguns estudos já apontam que o uso do protetor acaba se tornando ineficaz por conta disso”, diz.

No período de férias, é preciso estar atento também ao cuidado com os olhos. Segundo a oftalmologista Samara Pontes, a temporada é propícia para o surgimento de doenças infecciosas e as crianças, por passarem mais tempo no mar e na piscina, são as mais vulneráveis. A médica comenta que a conjuntivite viral e química são as mais frequentes neste período.

A longo prazo, a exposição pode ocasionar também a catarata, o pterígio, e a degeneração macular relacionada à idade (DMRI). “O uso dos óculos escuros desde a infância, além do cuidado com a higiene das mãos e dos olhos são importantes medidas para manter a saúde ocular”, indica Samara Pontes.

Com informações de Regina Paz (Diário do Nordeste).

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