Médico esclarece mitos e verdades sobre reposição com hormônios bioidênticos

A reposição hormonal é um assunto que gera muitas dúvidas na população e também ainda não há um consenso sobre o tema entre os médicos. Porém, muitos especialistas estão trabalhando atualmente com uma nova técnica de reposição hormonal, na qual são utilizados hormônios semelhantes aos produzidos pelo nosso organismo.

A modulação hormonal bioidêntica (MHB) foi desenvolvida há mais de 10 anos nos Estados Unidos e seu principal diferencial é que os hormônios utilizados são produzidos com técnicas modernas, sofisticadas e extraídos da flora brasileira. De acordo com o médico cardiologista Erudes Rodrigues, a principal vantagem dos hormônios bioidênticos é a sua excelente aceitação pelo nosso organismo, pois sendo semelhantes aos hormônios humanos diminuem consideravelmente os efeitos colaterais e as possibilidades de desenvolvimento de outras patologias.

— Este é um dos paradigmas mais importantes a ser quebrado, uma vez que o problema não está na reposição hormonal em si, mas, sim, nos tipos de hormônios e suas doses individualizadas a serem empregados na correção dos níveis hormonais — afirma o especialista.

Rodrigues explica ainda que, de modo geral, por volta dos 30 anos, as pessoas passam a apresentar uma queda na produção hormonal e isso varia de organismo para organismo.

— Por esta razão que o tratamento via MHB é individualizado e acompanhado periodicamente. Além disso, antes do início do tratamento, o paciente passa por diversos exames onde são mapeados seus níveis de hormônios — ressalta.

A experiência de Rodrigues como cardiologista e no estudo da fisiologia humana contribuiu em muito para potencializar os benefícios que a MHB pode trazer aos pacientes.

— O corpo humano funciona dentro de um sistema harmônico no qual tudo está conectado e, para isso, os hormônios devem atuar de maneira interligada e equilibrada — esclarece.

A correção dos níveis hormonais possibilita ao paciente um ganho de qualidade de vida muito grande em um curto espaço de tempo, se comparado a outros tipos de tratamento, já que em média este novo método dura de seis a 12 meses. A MHB trabalha intensamente na medicina preventiva, evitando diversos tipos de doenças.

Confira as respostas do médico sobre as principais dúvidas acerca da reposição hormonal:

:: As reações frente ao tratamento da MHB são diferentes para homens e mulheres?

Erudes Rodrigues: Sim. Geralmente os homens respondem mais rápido à MBH. Os hormônios femininos são mais complexos na sua modulação. Devido a este fato, na MBH em casais, é necessário buscar um equilíbrio para que os resultados sejam atingidos de maneira mais harmoniosa.

:: A MHB ajuda na perda de peso?

Rodrigues: Depende. Sim, se esta for uma das finalidades do tratamento. A perda de peso pode ser atingida com a correção dos hormônios da tireoide, e/ou a correção dos hormônios femininos.

:: Pode resultar também em uma melhora estética?

Rodrigues: A pele humana também se recente das variações hormonais. Com a correta modulação, a pele pode adquirir uma aparência mais saudável.

:: Para o stress do dia a dia, cansaço e outras complicações da vida moderna, esse tipo de tratamento contribui?

Rodrigues: É um erro comum acreditar que os hormônios produzidos pelo corpo humano tenham somente uma finalidade específica. Sabemos que eles possuem uma grande influência em todos os processos metabólicos do nosso organismo, consequentemente, com os níveis hormonais normais há um melhor aproveitamento tanto dos produtos que ingerimos na nossa alimentação, bem como na melhora das reações orgânicas metabólicas.

:: O tratamento tem efeitos colaterais? Pode tirar o sono?

Rodrigues: Não encontramos até o momento efeitos colaterais neste sentido. Não há perda do sono, muito pelo contrário. A modulação de certos hormônios, tal como da melatonina (hormônio de ação no controle do sono), melhora a insônia promovendo um sono fisiológico.

:: A MHB pode ser usada por pessoas cardíacas? E para quem tem problemas vasculares?

Rodrigues: Não só é recomendado como muito benéfico para estes pacientes, pois sabemos que os hormônios sexuais femininos e masculinos, por exemplo, são protetores do sistema cardiocirculatório.

:: Pessoas com problemas de colesterol alto podem realizar o tratamento?

Rodrigues: Sim. Com frequência a modulação de hormônios da tireoide colaboram em muito com a correção dos níveis de colesterol e triglicérides.

:: A MHB ajuda a tratar infecção via bactérias e vírus?

Rodrigues: Sim. Quando temos uma alteração do cortisol (hormônio produzido pelas glândulas supra renais), por exemplo, , ficamos mais suscetíveis a processos infecciosos.

Com informações da Maxpress.