Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, são cerca de 300 milhões de pessoas com asma em todo o mundo. A doença é a principal causa de 250 mil mortes prematuras passíveis de prevenção ao ano. No Brasil, a Iniciativa Global contra a Asma, GINA, encabeça movimento para reduzir as internações em 50% até 2015.
Celebrado desde 1998, o Dia Mundial da Asma é comemorado na primeira terça-feira do mês de maio. No Brasil, diversas ações farão um alerta sobre a doença, que é responsável por 250 mil mortes prematuras ao ano em todo o mundo, três mil delas só em nosso país. Coordenadas pela Iniciativa Global contra a Asma, GINA, essas ações visam informar e orientar a população, na tentativa de reduzir os óbitos e hospitalizações por conta da doença.
— É importante destacar que boa parte das hospitalizações e também das mortes poderiam ser evitadas. O que falta, ainda, é informação. A população, e especialmente os portadores da doença e seus familiares devem estar cientes de que estes índices só serão reduzidos se evitarmos as exacerbações, que são as crises de asma — orienta Álvaro Cruz, membro do Conselho Diretor Internacional da GINA.
Médicos e profissionais de saúde que lidam com pacientes asmáticos em todo o país buscarão difundir informações sobre a doença e o controle dos seus sintomas, criando na população uma cultura de cuidado contínuo, evitando a interrupção do tratamento sem orientação especializada, que acaba levando às crises que podem ocasionalmente ser fatais, requerendo internações ou atendimentos de emergência.
— Nossa meta é reduzir as hospitalizações até 2015 em 50%, e não é impossível. Precisamos mobilizar os pacientes, os profissionais de saúde, imprensa, lideranças políticas e sociedade — pondera Rafael Stelmach, presidente da ONG no Brasil.
Sobre a asma
Sendo a doença crônica, na maioria das vezes de origem alérgica e relacionada à predisposição familiar, não existe cura. Mas tratamento e acompanhamento médicos podem controlar os sintomas, oferecer ótima qualidade de vida e permitir ao paciente realizar normalmente suas atividades do dia a dia, incluindo exercícios físicas.
— Mas é importante destacar que em casos mais graves, mesmo sob controle, os pacientes precisam continuar usando regularmente as suas medicações, tal como se faz na hipertensão ou diabetes — explica Rafael.
Outro ponto relevante de datas de alerta tais como esta, destaca conforme destaca a pneumologista e professora da Faculdade de Medicina da PUC-RS, Jussara Fiterman, é tranquilizar o paciente asmático sobre sua condição.
— Ele precisa saber que a asma não é uma situação permanente de sofrimento, que pode ser controlada, tratada, e que a sua educação para aprender a lidar com a asma pode ser determinante para o sucesso do tratamento — declara.
Para o Emanuel Sarinho, professor da Universidade Federal de Pernambuco, a doença não é enfrentada adequadamente no Brasil.
— Por isso o valor da data, para que haja este alerta de que é um problema de saúde pública — conclui.
Com informações de Bem-Estar.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
"Asma não é situação permanente de sofrimento", garante pneumologista
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