Segundo especialistas, o importante é não discutir na frente dos pequenos.
A modernidade vem alterando a concepção tradicional de um lar como sendo um espaço dividido por pai, mãe e filhos. A dependência econômica e emocional mudou os laços e os ambientes familiares. Cada vez mais, filhos permanecem nas casas dos pais e acabam criando os seus filhos junto aos avós.
Essa reportagem surgiu a partir do relato de uma mãe que não sabe mais o que fazer para melhorar a convivência com os pais e com o filho. Os pais que vivem sob o mesmo teto com seus pais relatam as mesmas dificuldades. Criar o filho na casa dos avós tem desgastado relacionamentos e, em alguns casos, tornado a convivência quase insuportável.
A mulher de 36 anos tem um filho de 10 anos. Mesmo trabalhando, após a separação, não teve condições financeiras de sustentar sozinha uma casa. Voltou a morar com os pais quando o filho estava com três anos.
– Me sinto a irmã mais velha do meu filho. Para os pais, a gente é um eterno adolescente. Há uma perda de referência. Além disso, os avós se metem muito na educação – relatou a mãe, afirmando que não quer ser ingrata com os seus pais.
Antes da mágoa se acumular e de o relacionamento ficar insustentável, o diálogo é a melhor saída. Pais e avós têm de chegar a um consenso, buscando o melhor para a criança.
Segundo o pediatra e especialista em criança e adolescente José Binato, existe um verbo que deve ser usado pelos adultos da casa.
– Pais e avós têm de ceder em algum momento, sempre seguindo o princípio do respeito e o objetivo principal que é o bem da criança. Em alguns momentos, alguém vai ter de engolir algum sapo.
Porém, o importante é não discutir na frente da criança. Os papéis devem ser bem definidos. Avós devem agir como avós, e pais, como pais. Obviamente, em alguns momentos os avós funcionam como pais, mas o limite mais contundente, um castigo mais rígido, por exemplo, deve ser aplicado pelos pais.
Para manter um bom relacionamento entre os adultos da casa, a regra é não deixar que os problemas se acumulem. O ideal é resolvê-los no momento em que surgem ou, no máximo, em até dois, três dias depois.
Mesmo morando juntos, a mãe ou o pai, ou ambos, deve criar espaços emocionais específicos com as crianças para evidenciar os afetos. Em outras palavras, faça programas sozinhos com as crianças, por exemplo, levar em um parque, no shopping, ou na pracinha.
Pode-se até dizer que os cortiços estão voltando. É filho ficando em casa, e avô indo morar com filhos. Cada vez mais, a família vai cuidar da família.
Papéis divididos
Avós
:: São figuras importantes na construção da personalidade dos netos, ficam como exemplos
:: Um avô deve ser mais afetivo e menos repressor
Pais
:: São responsáveis pela parte mais complicada da educação
:: Faça programas sozinhos com e para os filhos
Adultos em harmonia
:: Use sempre o princípio do diálogo e do respeito
Com informações do Caderno Meu Filho ZH.
quinta-feira, 31 de março de 2011
Como os pais e avós devem se comportar perante a criança quando moram juntos
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