A proposta do primeiro ecomuseu de Barbalha busca agregar a riqueza natural e arqueológica da Chapada do Araripe.
Um espaço que pretende revelar uma das mais belas regiões do Ceará em suas mais diversas nuances. Dentro do projeto Trilhas do Cariri, da Fundação SOS Chapada do Araripe, os primeiros passos para a criação do Museu de História Natural estão sendo dados.
A proposta de interatividade do equipamento com os turistas e moradores da região vem ganhando fôlego e projeto executivo, que está sendo executado por museólogas. O projeto será apresentado no próximo dia 22 de março, Dia Mundial das Florestas, na cidade de Barbalha. Nesse mesmo dia acontece a premiação do prêmio Ambientalistas do Ano.
O espaço funcionará como um ecomuseu, conforme o presidente da Fundação SOS Chapada do Araripe, o biólogo Maurício Freire, que já atua com outros projetos relacionados à biodiversidade regional, por meio da entidade. "A nossa pretensão é envolver todas as dimensões relacionadas ao ecossistema da região", explica.
Atrativos naturais
O local para a implantação do Museu da Chapada é o Sítio Pinheiro, numa área plana e alta, de onde pode contemplar, em meio ao verde da vegetação, todo o contexto regional. "O objetivo principal do projeto é produzir coleções da fauna e flora de espécies que ocorrem atualmente na região do Cariri cearense, que certamente contribuirão para o desenvolvimento de atividades de pesquisa e educação, especialmente a ambiental", observa o biólogo.
A pretensão é ir além do que se pode imaginar em termos de formatação de museu. Essa é a grande proposta para a instalação do que também será o primeiro museu de Barbalha, que tem em seu centro urbano um dos acervos arquitetônicos mais bem preservados do Cariri e está inserida no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas do Brasil.
O espaço no Sítio Pinheiros, localizado no Distrito do Caldas, é, atualmente, uma das grandes atrações em termos de hospedagem em área natural da Chapada do Araripe, e se tornou um dos atrativos turísticos da região. Uma área foi cedida para a construção do museu pelo seu proprietário, Renato Pinheiro. Ele destaca a importância da valorização desses atrativos naturais e do processo de conscientização e educação, para que tal patrimônio seja preservado para gerações futuras.
Segundo o presidente da SOS Chapada do Araripe, o espaço cedido será totalmente regularizado, no sentido de buscar apoio dos ministérios do Turismo e do Meio Ambiente, tão logo sejam destinados recursos para a construção da obra.
"O projeto insere a fauna, a flora, cultura regional, estudos científicos, a questão da pesca, animais que hoje estão em risco de extinção, como o pássaro Soldadinho-do-Araripe, a riqueza paleontológica, arqueológica, dentre outros aspectos", diz ele. Os animais mortos que forem encontrados serão empalhados e passarão a compor o acervo.
Maurício Freire ainda não tem uma noção exata de quanto será investido, já que todo o acervo também será adquirido por meio da verba a ser destinada pelos poderes públicos e iniciativa privada. "Aos poucos podemos ir compondo esse espaço, para que se torne um dos grandes atrativos, e não só isso, mas principalmente um local onde possa ser repassada a educação e a conscientização de como preservar esse grande patrimônio natural", salienta.
Com informações do Diário do Nordeste.
segunda-feira, 14 de março de 2011
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