O estudo internacional foi conduzido pelo Global Hygiene Council, um conselho composto por especialistas em áreas relacionadas à Saúde e Higiene, incluindo a Microbiologia, Virologia, Infectologia, Imunologia e Saúde Pública, e mantido pela empresa Reckitt Benckiser.
O estudo foi conduzido de janeiro a março de 2011 pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (LSHTM) e pelo Global Hygiene Council com o objetivo de identificar dados atuais dos principais hábitos de higiene em diferentes culturas e perfis de personalidade. Cerca de mil participantes de 12 países responderam a um questionário. Pessoas do Reino Unido, Canadá, Brasil, Estados Unidos, África do Sul, França, Alemanha, Malásia, Austrália, China, Índia, Arábia Saudita e Emirados Árabes falaram sobre hábitos de limpeza das mãos, de superfícies, preparação de alimentos, técnicas de manuseio e armazenamento, assim como questões demográficas e o histórico de doenças.
A média global de pessoas que lavam as mãos mais de 5 vezes por dia é de 54% da população dos países. Brasil e Alemanha são apontados como os países mais higiênicos do mundo, já a China e a Malásia tiveram os índices mais baixos. Na China, apenas 27,5% da população relatou lavar as mãos mais de 5 vezes por dia.
A pesquisa destacou também o índice de saúde dos brasileiros contra infecções e a menor frequência de gripe e diarréia. O Brasil tem o 2º melhor percentual de pessoas resistentes, atrás da África do Sul. Os dois países têm, portanto, melhor saúde a doenças infecciosas do que a população de países desenvolvidos como Estados Unidos, Austrália, Canadá e Reino Unido.
O estudo aponta ainda que os brasileiros mais suscetíveis a contrair infecções vêm adquirindo melhores hábitos de higiene pessoal, e este é o principal fator para as pessoas lavem as mãos mais de 5 vezes ao dia no país. Segundo a pesquisa as chances de uma pessoa ser muito higiênica no Brasil são 6 vezes maiores entre quem tem baixa imunidade ou sensibilidade à presença de germes.
Para o virologista Prof. John Oxford, presidente do Global Hygiene Council e diretor de pesquisa do Retroscreen Virology e do Hospital Real de Londres, é muito valioso compreender o que impulsiona o comportamento da higiene. "O estudo revelou características e traços pessoais que são associados com uma boa higiene e a saúde, tais como a consciência da importância da higiene e sua prática rotineira. Queremos que as pessoas reconheçam como podem melhorar e tornar a higiene um hábito para manter sua família mais saudável", afirmou Dr. Oxford.
Educação no meio social também é um fator de proteção contra doenças infecciosas. As chances de ter uma alta resistência contra doenças são quase 2,5 vezes mais altas entre os que relataram, por exemplo, não gostar de espirrar perto de outras pessoas. Cobrir a boca ao espirrar ou tossir são regras sociais que diminuem, e muito, para evitar o contágio de doenças.
Sabonetes e produtos de limpeza bactericidas
Entre aqueles que nunca ouviram falar em sabonetes bactericidas as chances de ter bons hábitos de higiene são menores. 60,7 % dos pesquisados relatam usar sabonetes bactericidas sempre. O uso desses produtos está associado a pessoas com filhos e com hábitos de organização em casa e no trabalho. Mas o hábito de usar sempre produtos com bactericida foi mais comum entre as pessoas de mais alto poder aquisitivo e com alto nível educacional.
Com informações do Terra.
terça-feira, 21 de junho de 2011
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