segunda-feira, 13 de junho de 2011

Anvisa diz que emagrecedores não possuem eficácia e segurança para seguir no mercado

A Anvisa apresentou no Senado os argumentos que embasam a proposta de suspensão o registro de medicamentos emagrecedores no país. A partir da divulgação de novos estudos sobre a sibutramina e a indicação da Câmara Técnica de Medicamentos de que os emagrecedores não possuem eficácia e segurança que justifiquem a sua permanência no mercado, a Anvisa divulgou, durante s audiência pública, documento indicando a necessidade de cancelamento do registro destes produtos.

Os medicamentos que são alvos da discussão são a sibutramina, o femproporex, a amfepramona e o mazindol, sendo os três últimos anfetamínicos.

De acordo com o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, o que está em debate é um problema de saúde pública, pois grande parte da população brasileira sofre de sobrepeso e os medicamentos utilizados como parte do tratamento não possuem dados que dêem sustentação a sua permanência no mercado.

— A Anvisa está conduzindo o debate de maneira serena. É preciso preservar a discussão no espaço técnico — lembrou Barbano.

Para o diretor, confundir a discussão proposta pela agência com preconceito contra a obesidade é uma irresponsabilidade que não contribui para encontrar a melhor resposta para a saúde pública.

O diretor-presidente ressaltou, ainda, que, apesar do debate em andamento, é papel da Anvisa discutir a segurança de qualquer medicamento no mercado. — Não podemos transferir essa responsabilidade para nenhum segmento que sofra pressões das mais diversas formas — defendeu o diretor-presidente.

A audiência pública aconteceu em reunião conjunta das comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa e de Assuntos Sociais do Senado Federal, a partir de um requerimento do senador Paulo Paim.

A discussão deve ser ampliada durante um painel internacional promovido pela Anvisa, na próxima semana.

Com informações da Agência Brasil.

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