A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou um laudo técnico vetando a utilização da denominação "ração humana" por parte dos fabricantes. Além disso, proibiu a indicação de que o produto teria propriedades medicinais, informação contida em grande parte dos rótulos atualmente.
No entanto, a Anvisa liberou o uso de informações de que o composto faz bem para a saúde, como, por exemplo, que melhora o funcionamento do intestino. Mas, para isso, os fabricantes terão que apresentar estudos que comprovem essa característica.
A Agência acredita que o nome do suplemento poderia induzir o consumidor a acreditar que trata-se de um alimento completo, com todos os nutrientes necessários para a saúde. A nutricionista Graziela Parisotto explica que, apesar de rico em cereais, fibras e outros elementos, a "ração humana" é só um complemento para as refeições.
— Não existe nenhum substituto para uma refeição. As "rações", usadas com a orientação de um profissional, fazem bem, mas se a pessoa passar a usar só a "ração", poderá ter problemas como déficit calórico, anemia, etc. — alertou.
Geralmente feitas de sementes como linhaça, aveia, quinua e farinhas em geral, as "rações" são ingeridas juntamente com iogurtes, sucos, saladas de fruta ou bolos.
Graziela explica que é possível que as "rações" sejam compradas prontas ou feitas em casa. O importante é que sempre se tome cuidado com as industrializadas, pois algumas contêm aditivos que, para certas pessoas, podem causar efeitos colaterais.
— É preciso sempre ler os rótulos, pois há pessoas que apresentam certas restrições. Se estamos lidando com um diabético, temos que cuidar para que a "ração" não tenha muito açúcar; com um hipertenso, guaraná em pó ou cafeína, que aumentam a pressão; e assim por diante — alerta a nutricionista.
Com informações de Bem-Estar.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Anvisa proíbe a denominação de "ração humana" por parte de fabricantes
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