segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Você passa muito tempo sentado? Saiba como prevenir condropatia nos joelhos




Além de comprometer o funcionamento do coração e do pulmão, prejudicar ossos e articulações, um período muito longo sentada, pode comprometer os joelhos. Como grande  parte da população trabalha sentada, com os joelhos dobrados, e os sedentários, o ortopedista Paulo Henrique Araujo, chama atenção para a possibilidade de desenvolver um fortalecimento muscular inadequado e mau alongamento dos grupos musculares dos membros inferiores, ou seja, a condropatia da articulação femoropatelar, também chamada de condromalácia. Trata-se de um desgaste que acomete a cartilagem da patela ou da tróclea, uma região do fêmur onde a patela se articula.

Segundo o ortopedista, quando o joelho fica dobrado em um ângulo maior do que 40 graus, a patela passa a fazer contato com a tróclea de maneira mais intensa, provocando uma sobrecarga da patela contra o fêmur. Além disso, o desequilíbrio muscular provocado pelo sedentarismo modifica a biomecânica normal do joelho, levando também à sobrecarga da articulação femoropatelar e ocasionando a condropatia. Se um dos joelhos sofre de condropatia da articulação femoropatelar, a saúde e a funcionalidade do outro também pode ficar comprometida. Isso acontece por dois motivos: ou porque o outro joelho pode ter as mesmas deficiências musculares que originaram o problema no primeiro, ou porque o outro joelho acaba sendo sobrecarregado para desempenhar parte das ações que deveriam ser divididas entre os dois.

Embora o problema possa ser diagnosticado em ambos os sexos, as mulheres são mais acometidas por apresentarem características anatômicas que favorecem essas lesões, revela o médico. Os principais sintomas são dor, estalidos e rangidos. Segundo Araujo, o principal tratamento da condropatia da articulação femoropatelar é feito por meio do reequilíbrio muscular, que pode ser adquirido durante sessões de fisioterapia. O tratamento deve ser individualizado, pois cada paciente apresenta uma deficiência específica. A intervenção medicamentosa também pode ser instituída para recuperar as áreas de perda cartilaginosa, porém com sucesso variável. O médico esclarece, ainda, que o tratamento cirúrgico é menos frequente, a técnica empregada no tratamento cirúrgico, seja ela minimamente invasiva por meio de artroscopia ou através de cirurgia aberta, dependerá do grau da lesão apresentada e, principalmente, das causas que levaram a essa lesão.

Contudo, o problema pode ser evitado. As condropatias podem ser evitadas, principalmente, com um bom equilíbrio muscular dos membros inferiores. Além disso, evitar situações de risco, como ficar muito tempo com os joelhos dobrados e subir escadas muitas vezes ao dia, também pode ajudar, recomenda o ortopedista. Por isso, de acordo com Araujo, a melhor saída é sempre a prevenção.

Com informações do site Zero Hora.

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