sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Família reunida na hora das refeições, é bom para todo mundo




Quando a família se reúne para fazer uma refeição, além da comida, carinho e cultura são servidos juntos. Esse hábito, vem perdendo espaço para horários apertados de pais e mães que trabalham fora e filhos que se dividem entre a escola e outras atividades. Mas vale a pena fazer um esforço para mudar isso. Estudo da Escola de Pedagogia de Harvard, nos Estados Unidos, revelou que quem compartilha regularmente as refeições com a família come melhor e tem maior bem-estar físico e emocional.

Crianças e adolescentes são favorecidos ainda no desenvolvimento social. Os pequenos ampliam o vocabulário e têm quase duas vezes mais chances de tirar boas notas. Quanto mais refeições junto dos pais, mais os filhos se dão bem na escola e menos apresentam tendências para beber, fumar e usar drogas é o que revela pesquisa do Centro Nacional de Dependência e Abuso de Drogas da universidade de Columbia.

''Esses momentos de união são uma oportunidade rica de convívio e aprendizado. O encontro e a presença aumentam a afetividade entre pais, filhos e irmãos'', confirma o psicólogo Áderson Costa Júnior, do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB). ''Durante a refeição, quanto mais entendimento e atenção para ouvir, dialogar e demonstrar carinho, mais a criança será estimulada a estender essas atitudes para outras áreas da vida, como a escola e a relação com os amigos'', acredita a educadora Cris Poli, apresentadora do programa Supernanny Brasil, do SBT.

Para tornar a refeição em família algo natural, o melhor é seguir esse rito desde que a criança tenha condições de sentar à mesa. Formado o hábito, fica mais fácil exigir dos filhos, na adolescência, que participem do café da manhã, almoço ou jantar e interajam com os pais e irmãos. Se as crianças estão crescidas e você não cultivou esse costume, ainda é tempo de adotá-lo, mas saiba que não será fácil, vai exigir convicção, determinação e comum acordo entre você e seu marido.

Além dos aspectos social e cultural do aprendizado, o emocional também é beneficiado. Os resultados positivos, no entanto, dependem da postura dos pais. ''Crianças aprendem por observação. Pais presentes, falantes e atenciosos são fontes de informação para os pequenos. Toda vivência que reforce esses vínculos e gere motivação aumenta a percepção das crianças de que elas têm apoio, em quem confiar. E a confiança implica em qualidade de vida e menos stress'', conclui o professor Áderson, da UnB.

E se as famílias não conseguem se reunir para as refeições? Uma sugestão é investir em fins de semana reunidos. Para Cris Poli, todo tempo pode ser válido: ''O que importa é a qualidade do momento em que a família está junta. Um papo semanal pode ser mais produtivo do que encontros diários de uma família que não tem convivência de qualidade'', acredita.

Com informações do site M de Mulher.

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