terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Troque o carro pela bicicleta


O cenário atual das grandes cidades brasileiras, com poluição e congestionamentos está modificando os hábitos e a qualidade de vida da população. Exemplo disso é que nos últimos anos as bicicletas para uso urbano vêm ocupando cada vez mais espaço. Infelizmente a área dedicada às bicicletas nas grandes cidades brasileiras ainda é inexpressiva.

Além dos poucos quilômetros de ciclovias, o perigo e o desrespeito com o ciclista são empecilhos para que a modalidade se desenvolva integralmente. "Muita gente ainda não se conscientizou de que a bicicleta é um veículo de propulsão humana e tem seu direito assegurado por lei nas vias públicas", afirma Sérgio Augusto Affonso, fundador do grupo Clube dos Amigos da Bike, de São Paulo, fundado em 1977. Ele ainda lembra que muitos ciclistas acabam trafegando pelas calçadas por terem medo de encarar as ruas e as avenidas, justamente pela falta de respeito com quem anda sobre duas rodas.

Felizmente, algumas iniciativas pontuais têm surgido no sentido de facilitar a vida dos ciclistas. Em muitas cidades está em ação um plano de mobilidade urbana, que inclui ciclovias, mas ainda é pouco para a demanda crescente por esse tipo de locomoção.

Mais do que uma tendência ou hábito, trocar o carro por bike tem conquistado cada vez mais os brasileiros, mas já faz parte das políticas públicas em alguns países europeus. "Essas ações buscam solucionar problemas de mobilidade, promover a saúde da população e sanar as doenças das cidades dependentes de carro, como poluição, congestionamento e estresse", diz Renata Falzoni. Em Berlim, a cidade mais populosa da Alemanha, existem 775 quilômetros de ciclovias, quase 21 vezes mais que São Paulo, cuja população é três vezes maior. Em média, são 6 mil bicicletas disponíveis em estacionamentos espalhados pelas ruas de 60 cidades alemãs.

Paris também atraiu os olhares do mundo todo quando a prefeitura implantou o sistema de aluguel de bicicletas chamado Vélib', em 2007. Qualquer pessoa pode pegar emprestada uma das 20 mil disponíveis, sendo os 30 primeiros minutos sem custo. Na capital da Dinamarca, Copenhague, o uso de bicicletas no trânsito corresponde a quase 40% do tráfego. Para incentivar essa prática, foram criados estacionamentos, pontes exclusivas e vagões especiais no metrô. A cidade de Amsterdã, na Holanda, também tem a mesma cultura - as bikes são responsáveis por cerca de 40% do transporte urbano.

Com informações do M de Mulher

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