O objetivo dessa prática é ajudar a promover o conhecimento do próprio corpo, a prevenção de lesões no trabalho e aliviar a tensão típica de quem trabalha em uma corporação. Quem participa é convidado a mexer o corpo, em movimentos coreografados para aliviar o estresse.
As técnicas foram idealizadas pela bailarina argentina María Fux há mais de 30 anos. Antes, ficavam restritas aos estúdios e profissionais da dança, além de terapeutas interessados em novas abordagens pedagógicas. Depois a prática foi adaptada às pessoas com dificuldades sensoriais, como cegos, surdos, portadores de deficiências físicas ou modalidade reduzida. Até que chegaram ao mercado de trabalho.
“A dançaterapia é aplicada no ambiente corporativo com resultados positivos”, afirma Mirian Loverro, diretora do Centro Brasileiro de Dançaterapia. “O trabalho é desenvolvido em grupos e com acompanhamento individual. Ele auxilia no gerenciamento do estresse, minimização de dores corporais e estimula a autoconsciência e a intuição. Trabalha, ainda, a autoestima e a integração das pessoas”, diz Mirian, que já teve como clientes empresas multinacionais, supermercados, departamentos de telemarketing e áreas de recursos humanos.
Os movimentos que compõem a dançaterapia mexem o corpo de forma lenta, geralmente ao som de músicas instrumentais. Os praticantes, orientados pelos terapeutas, tateiam objetos de olhos ou ouvidos tapados para aguçar os sentidos. Em alguns momentos, há repetição de sílabas e vogais em voz alta.
As práticas, de duração média de 50 minutos, são compostas ainda por simulação de brincadeiras infantis e outras vivências, como caminhar na areia, reencontrar um velho amigo, passear na floresta.
Apesar de existir sugestão de movimentos por parte do dançaterapeuta, não existe coreografia e nem é preciso saber dançar para praticar. Os movimentos são livres, não há certo ou errado, e até é melhor que não se tenha conhecimento da dança.
Atrelado à prática – um pouco parecida com as ginásticas laborais – são ensinadas técnicas de respiração e postura. Os movimentos ajudam ainda flexibilidade e no alívio das dores.
A terapeuta Miriam Loverro elenca outros benefícios da prática. “Ela melhora a capacidade cardiorespiratória, ajuda na concentração e na memória”, diz. Como os movimentos liberam endorfina, o hormônio do bem-estar, eles ainda acalmam e são uma espécie de “analgésico natural”, como define a fisioterapeuta da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor, Mariana Schamas.
Com informações do IG
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