segunda-feira, 29 de abril de 2013

Chocolate, uma deliciosa tentação



Alimento dos deuses. Assim o botânico sueco Carl Von Linne, lá no século 18, classificou a planta do cacau, Theobroma cacao. Muito tempo antes, segundo relatos de historiadores, os astecas já valorizavam as propriedades estimulantes da espécie. Entretanto, essa atuação foi, mais tarde, encarada pela igreja da Europa como obra de espíritos malignos, daí a denominação "Chocolate do Demônio".


O aroma, o sabor, a textura e o fato de derreter na boca são alguns dos predicados que tornam o doce simplesmente irresistível, sem contar as conotações positivas desenvolvidas na infância, em ocasiões especiais, como as festas de aniversário, que têm tudo a ver com o sentimento de acolhimento.


Existe também um conjunto de compostos capazes de desencadear sensações psicológicas similares àquelas provocadas por substâncias que causam vício. Os principais componentes são as metilxantinas, cafeína e teobromina, além das aminas, dos canabinóides, entre outros ingredientes, que juntos provocam uma espécie de "fissura".


Os carboidratos presentes no chocolate podem até mesmo aumentar a disponibilidade cerebral do triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, o neurotransmissor envolvido na regulação do humor e, portanto, nas sensações de prazer e bem-estar.


Não à toa, os "chocólatras" consideram-se "dependentes" e comparam o doce ao cigarro e a outras drogas. Na realidade, muitos usam o chocolate para combater a depressão, devido à sua capacidade de liberação de endorfinas e consequente melhora na liberação da tal serotonina.


Há quem equipare as sensações trazidas pelo alimento com o prazer sexual, isto é, com um afrodisíaco.


Entretanto, existe o lado negativo, que está ligado à compulsão e ao uso do doce como um remédio que acaba com a ansiedade, a depressão e a carência de afeto. Nesse caso é preciso intervenção médica e um tratamento que inclua psicoterapia, medicação antidepressiva, orientação alimentar e a prática de atividades físicas.


Dentro de um contexto saudável, o chocolate é muito bem-vindo. Aliás, o consumo de 30 gramas por dia do tipo amargo traz efeitos positivos para o sistema cardiovascular. Assim, não é preciso bani-lo da dieta, mas saboreá-lo de forma equilibrada.

Com informações do site Saúde

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