quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Transporte alternativo melhora a saúde e emagrece



Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia, 40% dos brasileiros estão acima do peso. Ao dirigir, além do gasto calórico ser baixo - cerca de 150 calorias por hora -o motorista é submetido a um alto nível de estresse nos congestionamentos, que ultrapassam os 200 km nos horários de pico. "A pessoa acaba descontando tudo na comida e come em excesso", disse o gastroenterologista do Hospital 9 de Julho, José Luiz Capalbo. Complicações nas relações pessoais, tensão constante e hipertensão arterial estão entre os problemas que podem surgir de uma vida estressante.

Abrir mão do conforto de viajar sentado ouvindo música; de não ter que sentir na pele a teoria de Newton de que "dois corpos não ocupam o mesmo espaço" nos ônibus e metrô lotados ou de chegar impecável ao trabalho faça chuva ou sol não é fácil. Mas trocar o conforto do automóvel individual por meios de transporte alternativos pode trazer benefícios à qualidade de vida e ajudar a reduzir os quilos a mais. Para Capalbo, "é necessário analisar se a pessoa não precisa de muitas conduções e se o horário de trabalho não é quando os veículos estão muito cheios". Se for viável, o conselho do médico é adotar formas alternativas para se locomover.

Caminhar até o ponto de ônibus, por exemplo, já é uma forma de se exercitar, explicou o educador físico Márcio Scomparim. "A pessoa pode gastar de 200 a 400 calorias em cerca de 20 minutos de caminhada", disse ele. Scomparim ressaltou que o gasto calórico depende da massa corporal, intensidade da caminhada, relevo do terreno e clima. "Uma pessoa com bom condicionamento físico e alimentação queima mais calorias do que um sedentário que come salgadinhos e fast-food", exemplificou.
Quem tiver disposição e habilidade, pode adotar a bicicleta como meio de transporte alternativo e mandar embora entre 600 e 800 calorias. De acordo com o diretor da Evolubike, Alexandre Lima, "a prática de exercícios melhora o bem estar, dá ânimo e ajuda no condicionamento físico".

No entanto, é essencial ter habilidade. São Paulo tem pouco mais de 35 km de ciclovias, portanto, o trajeto até o trabalho pode passar por vias de circulação de carros. "É preciso saber andar e usar proteções, como o capacete", alertou. Lima citou a bicicleta elétrica como opção para quem quer ir ao trabalho de bike sem chegar suado e o modelo dobrável que pode ser usado no trajeto ao metrô.

Menor número de carros na rua implica na diminuição da poluição e melhor qualidade do ar. Respirar em algumas vias pode ser tão prejudicial quanto fumar, segundo o pneumologista Alexandre Kawassaki. "Equivale a fumar de três a quatro cigarros por dia", disse ele. Apesar de o transporte público em São Paulo desagradar grande parte da população e não haver infraestrutura adequada para os ciclistas, existem vantagens em deixar o carro em casa.

Com informações do Terra.

Foto: Getty Images

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